segunda-feira, 14 de outubro de 2019

O SENTIDO DA VIDA!




O sentimento de aflição por experimentar a tristeza e o vazio interior por algo que não se concretiza é dilacerante e nada do externo preenche o vazio interior, nem amigos, nem novas profissões, relacionamentos, mudanças de cidades e até de países, o vazio acompanha.

Qual o objetivo da nossa vida? Certamente não é o de ficar rico, construir patrimônio. Isto é paliativo para a angústia que não passa com uma vida vazia. E uma vida sustentada por bens materiais é uma vida vazia porque quando se morre, deixa-se tudo o que se acumulou.

Buscamos satisfação, paz, harmonia, felicidade, realização. Por uma questão de caráter sabemos o que não queremos. Não veremos um mundo justo, mas podemos trabalhar por um mundo justo porque se não trabalhamos para isso, nossa vida não tem sentido, não conseguimos usufruir dos benesceres enquanto muitas pessoas sofrem necessidades. É constrangedor e vergonhoso.

Desde que nascemos, somos programados para sermos competidores implacáveis, vencer, ultrapassar, derrotar os outros, ser melhor. Este é o modelo de ensino e da mídia comercial que se infiltra em cada cabeça usando uma psicologia do inconsciente com mensagens subliminares, verdadeiras artimanhas sombrias que criam falsos valores, criam desejos de consumo compulsivo na tentativa de compensar a carência de bens espirituais.

Não é a toa que se toma toneladas de antidepressivos porque a vida é deprimente quando se foca apenas no material. A sociedade é instruída numa inversão de valores e a educação prepara as crianças para a miséria; As que nascem já tem um destino traçado de sofrimento e de exploração  de ignorância e inconsciência porque o modelo social é criado para isso.

O dinheiro, em vez de ser um meio de troca para as necessidades, é usado de forma ambiciosa, para alimentar a ganância e egoísmo de corruptos que acumulam acima das suas necessidades, na ânsia de ser melhor do que os outros, uma necessidade artificial implantada. Se cada um se contentasse e usasse só o necessário, teria um comportamento diferente, evolutivo. O problema é quando começa a achar que precisa mais do que realmente precisa.

 
Se o sentimento estivesse no primeiro nível, a sociedade seria outra porque priorizaríamos o que sentimos e não o que pensamos. É como se disséssemos para a nossa razão: “desce daí porque você não é capaz de comandar. Quem vai comandar é o sentimento e você vai ser assessora do sentimento para resolver como colocar em prática o que o sentimento decide”. A partir desse momento a nossa vida mudaria, ganharia mais sentido, ganharia mais gosto, mais sabor, mais colorido, quando tiramos a razão do centro de importância.

Daí, reconheceríamos a precariedade da razão, reconheceríamos que existe uma indução para colocar a razão no comando porque a razão pode ser condicionada, pode ser modelada, pode ser enquadrada, manipulada no modelo de ensino que temos.

Colocamos o filho na escola e dois meses depois, ele não quer mais ir... Por quê? Uma das primeiras coisas que ele vai escutar é: “você não pode se divertir enquanto aprende. Você vai deixar pra se divertir na hora do recreio”...  pronto, já está enquadrando essa razão para quando chegar na idade adulta, aceitar o trabalho como sacrifício, não como prazer.

Então, o trabalho passa a ser visto como sacrifício, como castigo, como sofrimento.  As diversões são para as horas livres. Aí vemos as pessoas loucas pelas sextas-feiras e entram em pânico em pensar nas segundas-feiras... por que aceitam o trabalho como sacrifício.

É essa aceitação que temos que eliminar: trabalhar no que gostamos, no que adoramos e só fazer o necessário para viver, sem necessidade de ganhar tanto. Falta-nos consciência da realidade, falta-nos consciência de que a estrutura social é falsa, é mentirosa, é criminosa, é hipócrita, consciência de que a vida não precisaria ser medíocre, não precisaria ser angustiante, poderia ser solidária e realizante.

Se tomarmos consciência não nos deixaríamos escravizar, perceberíamos que o patrão não é o forte; Forte é o fraco, o dependente. O patrão se mataria se perdesse tudo o que tem. O pobre, tido como fraco, é o forte. Ele supera dificuldades todos os dias, vive de uma forma que seu patrão não aguentaria. “Uma corrente é tão forte quanto o mais fraco dos seus anéis”.

Falta-nos tomar consciência dessa realidade e perceber como as coisas são invertidas, o inverso de como nos são apresentadas. E parar de nos enganar. Os que comandam são muito poucos e precisam dos empregados para fazer tudo. E os empregados fazem por que não tem consciência.
 
O dono do restaurante, da loja, etc. não é um perverso, um culpado. Ele só está exercendo a perversidade sistêmica, social. É natural que ele faça isso. Ele acredita que isso não é perversidade. É a estrutura. Nós estamos na estrutura, não contra ela, mas por ela.

O trabalho mais importante que existe na sociedade sem o qual nada funcionaria é o trabalho braçal, de baixa qualificação. É o trabalho de quem carrega nas costas, quem bota um tijolo em cima do outro, é quem limpa, vare, cozinha, quem planta  e colhe cada safra; É quem carrega, quem entrega, quem põem as maquinas para funcionar, quem concerta as coisas, quem põe o asfalto, o cimento, os postes, os fios, os canos... tudo é feito por mão de obra barata, tudo é feito pela massa dita ignorante.

Então, o ensino público não tem intenção de instruir a consciência do povo porque um povo instruído não se deixa dominar. É preciso criar ignorância e a função do sistema educacional público é criar ignorância enquanto que o ensino privado, a educação nas instituições privadas é feita para criar aqueles que vão administrar os ignorantes, aqueles que vão fazer a crueldade de se aproveitar da baixa qualificação, da sabotagem institucional do povo. Então eles vão ser os gerentes, eles vão ter que cobrar, pressionar, pagar baixos salários, vão ter de conviver com a crueldade da sociedade, vão ser cúmplices da perversidade social. Então a classe média é uma classe que tem que violar a sua consciência para manter seus direitos e privilégios. Tem que ser indiferentes às injustiças e crimes que o Estado comete contra o povo.

O Sistema precisa de pobres para trabalhar e precisa também dos miseráveis para que os pobres aceitem qualquer condição de trabalho pelo medo de irem para a miséria. A miséria é um limite estratégico. Não é uma casualidade, não é uma infelicidade, não é uma fatalidade. É uma criação social. A estrutura social foi montada por pouca gente que tinha consciência de que é uma estrutura escravizante.

O que se pode fazer para mudar isso? ENXERGAR! As pessoas querem encontrar saídas. Só que não tem saída... tem caminhos. VER A REALIDADE, ENXERGAR A REALIDADE é a primeira coisa a fazer antes de decidir o que fazer.

A sociedade humana ainda não é humana, ela está ensaiando para sê-la. Temos que eliminar a ânsia de querer ver o mundo evoluído. Não vamos ver o mundo evoluído, vamos ver o mundo evoluindo. Se sonharmos com o mundo perfeito vamos morrer desiludidos. Se trabalharmos no aperfeiçoamento do mundo vamos cumprir nossa missão de vida com satisfação. Não vamos colher os frutos, estamos plantando e só isso vai satisfazer a nossa vida.
Que possamos abrir os olhos, enxergar a realidade além do que é mostrada; Que possamos quebrar nossas lentes fabricadas pelo sistema; Que possamos buscar nossos próprios valores e não os valores que foram programados; Que possamos criar nossos próprios comportamentos e não adotar aqueles que são induzidos ou condicionados pela sociedade; Que possamos desejar de acordo com nossos desejos e não com os desejos programados, implantados por um massacre publicitário permanente.

Se conseguíssemos isso, já estaria genial. A vida material se tornaria leve e doce, passaríamos a apreciar todas as experiências e a convivência com todas as pessoas de forma singela e única, como uma experiência, com a possibilidade de irradiação de amor e paz em meio a qualquer situação.

A vida não é sofrimento, a vida é a vida como ela é. O mundo não precisa ser sofrimento. Poderia ser uma forma de viver leve e doce, prazerosa e feliz. A vida material não é uma vida inferior, de culpa, de sofrimento, de julgamento. Ela é uma experiência vívida do espírito, onde o desafio é justamente mostrar a força da Presença Eu Sou.

Isso é viver a vida na matéria, ancorando um propósito de elevação, de vida espiritual, mas sem negar a vida como ela é, compreendendo com sabedoria as experiências que se apresentam, mantendo integra a verdade interior.

É preciso entender que isso não vem por decretos, por leis, mas pela coragem de ser e fazer de acordo com a sua missão de vida, com a sua vocação. Este é o propósito de vida, descobrir aquilo que se ama fazer, aquilo que faz você ser cada um diferente. Esta é uma tarefa individual, de cada um, descobrir a razão de viver, percorrer esta jornada, apesar de todos os desafios, irá se tornar uma aventura que valha a pena viver, não que dá pena.

Cada um recebeu da vida determinados talentos que deverão ser transformados em habilidades. Seus dons, talentos são o seu diferencial. Cada um deve estar pronto para aprimorá-los, usá-los da melhor maneira possível a serviço dos outros. Ninguém se torna médico, advogado para si mesmo, senão para os outros. Este é seu propósito de vida!

Enquanto nos mantivermos conectados com o Ser que somos, seremos saudáveis; Se nos desconectarmos do Ser, adoecemos, ficamos do-entes. A garantia dessa conexão é o sentimento de felicidade, de realização. Os momentos de felicidade são a chave para você compreender o que quer da vida. Você verá que a realização só pode ser alcançada através da leveza e da alegria.

Quando priorizamos o pensamento racional em vez do sentimento do coração, invertemos a ordem das coisas, colocamos um incapaz (pensamento) para comandar a nossa vida. Descobrindo o que se ama, descobriremos a nossa razão de viver, nosso mundo se encherá de cor e luz.

“Quem não tiver a coragem de deixar o pai ou a mãe por amor a mim, não é digno de mim” (JC) Portanto, identifique dentro de si mesmo o que o inspira. Seja seu próprio mestre e responsabilize-se pelos seus atos, pelas escolhas e decisões.

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