quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

JULGAMENTO

Julgamento!

Havia numa aldeia um velho muito pobre, mas até os reis o invejavam, porque ele tinha um lindo cavalo branco… Reis ofereciam quantias fabulosas pelo cavalo, mas o homem dizia: -“Este cavalo não é um cavalo para mim… Este cavalo, é como se fosse uma pessoa. E como se pode vender uma pessoa, um amigo?” O homem era pobre, mas jamais vendeu o cavalo.

Numa manhã, descobriu que o cavalo não estava na cocheira. A aldeia inteira se reuniu, e disseram: “Seu velho insensato! Sabíamos que um dia o cavalo seria roubado. Teria sido melhor tê-lo vendido. Que desgraça!”

O velho disse: “ Não cheguem a tanto. Simplesmente digam que o cavalo não está na cocheira. Este é o fato, o resto é julgamento. Se isso é uma desgraça ou uma bênção, não sei, porque quem pode saber o que vai se seguir?”

As pessoas riram do velho… sempre souberam que ele era um pouco louco! Mas, quinze dias depois, numa noite, o cavalo voltou. Ele não havia sido roubado, ele havia fugido para a floresta. E não apenas isso, mas ele trouxera uma dúzia de cavalos selvagens consigo.

Novamente, as pessoas se reuniram e disseram: “Velho, você estava certo… não se trata de uma desgraça, na verdade provou ser uma bênção.”

O velho disse: – “Vocês estão se adiantando mais uma vez. Apenas digam que o cavalo está de volta… quem sabe se é uma benção ou não? 

Este é apenas um fragmento. “Se você lê apenas uma frase de uma página, como pode julgar todo o livro?”.

Desta vez, as pessoas não podiam dizer muito, mas interiormente sabiam que ele estava errado… Afinal, agora eram treze lindos cavalos. O único filho do velho começou a treinar os cavalos selvagens. Uma semana mais tarde, ele caiu de um cavalo e fraturou as pernas. 

As pessoas, mais uma vez, julgaram e disseram: “Você tinha razão novamente. Foi uma desgraça. Seu único filho perdeu o uso das pernas, e na sua velhice ele era seu único amparo. Agora você está mais pobre do que nunca”.


O Velho respondeu: -“Vocês estão obcecados por julgamento. Não se adiantem tanto. Digam apenas que meu filho fraturou as pernas. Ninguém sabe se isso é uma desgraça ou uma bênção. A vida vem em fragmentos, uma coisa de cada vez, um dia atrás do outro”

Autor: desconhecido

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