quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Autoestima - Mitos e Verdades

Mitos e Verdades da Autoestima

"As pessoas procuram amor em todos os lugares, menos dentro delas mesmas".

Como está sua autoestima? Pare um minuto e pense em quantas oportunidades perdeu porque acreditou que não conseguiria? 
A vida de quem não acredita em si mesmo é assim: medo, dúvida, vergonha, frustração, insegurança, culpa, insatisfação e confiança zero. 
Quando não nos sentimos capazes e nem conscientes de nosso valor, é como se algo nos impedisse de irmos adiante. 
Quando insistimos em agradar... e ainda assim somos maltratados, abandonados, quando amamos mais ao outro do que a nós mesmos, na verdade, está faltando autoestima. 
Muito se fala sobre autoestima, mas geralmente as pessoas confundem autoestima com falsos valores. 

Como há muita confusão no tema, vamos refletir sobre alguns mitos e verdades da autoestima:

1. Cuidar da aparência, ir à academia, cabeleireiro, comprar roupas, quer dizer que minha autoestima está elevada.  
Mito: Cuidar de si nem sempre quer dizer autoestima elevada. Assim como cirurgias plásticas, casamento, trabalho, dinheiro, carro, nada disso cria autoestima. Muito pelo contrário, quem precisa disso para ter valor, na verdade, só quer ser aceito por uma sociedade e uma mídia que "vendem" o que deseja que seja comprado. Pode demonstrar uma pessoa que tem necessidade da aprovação e reconhecimento das outras pessoas, buscando compensar algo que não sente ter internamente. Cuidar de si mesmo é um passo importante na conquista de uma autoestima elevada, mas não a determina.

2. Autoestima elevada é o mesmo que vaidade. 
Mito: Definitivamente não! Mas é comum as pessoas confundirem. Nem sempre quem cuida de sua imagem pessoal está com autoestima elevada. É uma ilusão acreditar que buscar fora pode elevar autoestima de uma pessoa. Autoestima vem de dentro e não de fora!

3. Mostrar-se superior aos outros é sinal de autoestima elevada. 
Mito: Arrogância, orgulho, querer ser superior ao outro são apenas maneiras de diminuir o outro para se elevar, por que, na verdade, se sente inferior. Quem tem consciência de seu valor é acima de tudo humilde.

4. A dependência é uma característica da autoestima baixa. 
Verdade: Quem sente ter recebido pouco amor na infância, enfrenta muitos vazios e carências. Passa a buscar preencher o vazio através da relação afetiva. Confunde carência com amor, e a carência leva a dependência. A independência é uma virtude da autoestima.

5. Quem se mostra sempre alegre, seguro, confiante, está com autoestima elevada. 
Mito: Nem sempre. Quando a pessoa transmite segurança, valorização excessiva de si mesma, está sempre brincando, querendo ajudar, nem sempre corresponde à verdade. No fundo, pode esconder uma pessoa também sem amor-próprio, só que busca o reconhecimento e amor por outros caminhos. Pode transmitir uma imagem de total segurança, mas na verdade está apenas querendo ocultar uma autoestima bem frágil.

Até aqui, o texto de Rosemeire zago. Acrescento algumas considerações que penso serem importantes:

O que significa ter autoestima?
Significa ter confiança na sua capacidade de realizar, arriscar, assumir responsabilidades, ser perseverante diante de um desafio, ser flexível frente às mudanças. A autoestima interfere na interpretação dos fatos e provém das experiências que aconteceram durante toda a vida da pessoa. Ou seja, ela é desenvolvida desde o momento que nascemos, formando o conceito que temos a nosso próprio respeito, como nos vemos e o que pensamos de nós mesmos, independente da opinião dos outros.


Muitas pessoas não têm consciência de suas fragilidades, nem do que está acontecendo com elas mesmas e vivem culpando o "mundo" por seus fracassos. Depositam no outro a responsabilidade de seu sucesso, por isso não conseguem superar seus limites e nem se apoiar em seus próprios recursos. É importante entender que o insucesso ou erro não significa fracasso. É sim uma oportunidade para aprender algo. Se você errou, procure a solução. Se cair, levante. Todos nós erramos e recebemos muitos "não" na vida. Vai vencer quem estiver preparado e souber encarar as frustrações e derrotas de forma positiva.

As pessoas andam com a autoestima em baixa, por diversos fatores. Dentre esses, podemos citar a pressão por resultados e a acirrada competitividade no mercado de trabalho. E, competitividade entendida como uma luta contra o outro. Na verdade a competição se estabelece consigo mesmo (a), nunca contra o outro. O outro pode ser um sinalizador... mas a competição é sempre consigo mesmo(a) em superar-se constantemente. A autoestima vem do reconhecimento das próprias capacidades que emergem da construção de si mesmo (a). Por isso as empresas investem tanto em programas de qualidade, em qualidade de vida, em desenvolvimento de relações interpessoais.  

A competitividade do mercado pode sim mexer, tanto com indivíduos como empresas quando percebem o outro (a) está na sua frente, ou está fazendo bafo na nuca. Aí toma um choque e na maioria das vezes, combate a outra em vez de aprimorar a si mesmo (a). Portanto, competitividade não tem nada a ver com antagonismo, estar contra, derrubar o outro. Competir significa correr juntos, como numa corrida de obstáculos onde todos podem ser vencedores. A única competição que eu estabeleço é comigo mesmo, é a guerra que eu travo comigo mesmo, em me superar, ultrapassar os limites, me qualificando, me tornando melhor, mais competente. Se vejo que o outro está na frente eu não devo destruí-lo, derrubá-lo e sim ver que estratégia ele está usando para aprender com ele mas, o trabalho é comigo mesmo. Só uma autoconfiança em si mesmo faz da competitividade uma autossuperação.

Quando se fala em autoconfiança fala-se em competência, em talento e isto quer dizer treinamento, preparação, aprendizado e experiência... Autoestima. Não se pode ter autoconfiança quando não se está preparado.

É muito importante as organizações investirem na autoestima de seus funcionários, das equipes porque ganham em produtividade, ou seja, conseguem obter melhores resultados. Profissionais com autoestima elevada estão mais preparados para encarar disputas em qualquer atividade. Para um novo projeto sair do papel e se concretizar, é preciso que o profissional que está diretamente envolvido tenha confiança em sua capacidade de julgar e acredite em sua própria competência e ideias.

Os sintomas de uma baixa autoestima:
·   Baixa produtividade - as equipe dificilmente alcançam metas;
·   Conflitos constantes e permanentes nas relações interpessoais – conflitos internos;
·   Em empresas, existe grande rotatividade de profissionais – abandonos de projetos;
·   Há processos trabalhistas constantes – queixas constantes;
·   Custo interno é alto.

O nível, alto ou baixo de estima é um sintoma que sinaliza o investimento a ser feito. Afinal, não estamos aqui para simplesmente trabalhar e ganhar dinheiro, mas para sermos felizes, nos realizarmos através de tudo o que fazemos. Somente uma vida certificada de acordo com as coordenadas própria natureza e uso de ferramentas adequadas pode garantir um melhor êxito.

Baixa ou alta estima pode ser oriunda, se cria através de padrões de crenças, valores, pensamentos e atitudes que são frutos de vivências, de sucessos e de fracassos, humilhações e triunfos e da maneira pela qual outras pessoas reagiram e reagem à sua forma de expressar-se.
Criamos uma nossa autoimagem, criamos a realidade e os resultados dando-nos uma falsa grandeza a respeito de nós e do nosso mundo, transformando-nos heróis ou fracassados. Podemos ser artesãos, arquitetos de nós mesmos e da nossa realidade, dramaturgos, diretores e atores da nossa própria história. Podemos fazer da nossa vida, de nós mesmos lugares onde a vida age além das formas, onde o limite aparente pode se transformar em horizontes a serem explorados pois está tudo dentro de nós mesmos.
 
                                                                                              Rosemeire zago.
                                                                           Geime Rozanski

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